Foto de Edicley Araujo |
Viemos participar com nosso espetáculo Saltimbembe Mambembancos e até o momento as quatro apresentações foram fantásticas, boas histórias, bons públicos, sem contar o carinho e a acolhida que temos recebido nessa região.
A programação está intensa, todos os dias tem espetáculos acontecendo em Rio Branco, e mais três cidades Quinari, Bujari e Plácido de Castro.
Nossa primeira apresentação aconteceu dia 11 de julho, às 20 horas na Praça Povos da Floresta, o destaque dessa apresentação foi a quantidade de gente que foi nos assistir, o público enorme de cerca de 300 pessoas foi formado por muitos moradores da cidades que vieram apreciar o festival e por todos os demais grupos que estão se apresentando, apresentar para um público de artistas e grande parte já amigos de longa data e de muitos festivais e encontros é muito significativo.
As fotos que seguem foram tiradas pelo Fotógrafo Edicley Araujo e elas contam bastante de como foi o espetáculo.
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Ainda faremos uma última apresentação aqui em Rio Branco na sexta feira dia 17 de Julho às 18h no Mercado Municipal às margens do Rio Acre. Essa apresentação será feita junto com outros grupos que participam do Festival e com mais uma turma da cidade que estuda palhaço, a roda é aberta e cada grupo com sua história e seu trabalho em um único espetáculo.
Foto de Edicley Araujo |
O Festival Matias é organizado pela Cia Visse e Versa, coordenada por Lenine Alencar, com a parceria da RBTR – Rede Brasileira de Teatro de Rua , FETAC – Federação de Teatro do Acre e SESC, além do apoio da FEM, Prefeituras do Bujari e Quinari. Patrocínio do Via Verde Shopping e UNINORTE, e financiamento da Prefeitura de Rio Branco através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura-FMC/FGB e Governo Federal através do MINC/Fundo Nacional de Cultura – FNC.
Foto de Edicley Araujo |
"Tem uma coisa forte do Matias, porque ele implantou os primeiros processo de utilização das pernas de pau como instrumento de arte no Acre. Nenhum grupo tinha feito isso e ele começou no Teatro Barracão. Ele tem muito a ver com teatro popular. Por isso, estamos o homenageando", acrescenta.
A programação que segue até o dia 19 de julho tem números significativos
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Ao todo treze grupos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Brasília, Roraima, Rondônia, Amazonas e Acre.
Segundo um dos Lenine, Isso que está acontecendo no Festival é um feito inédito. "Pela primeira vez temos um festival que ocorre ao mesmo tempo em várias cidades do Acre. A gente entende que o teatro de rua tem uma linguagem tão própria que dialoga com cidade e não se prende a um único espaço e quando essa conversa ocorre, nós temos a arte pública", diz.
Ele acredita ainda que evento pode ajudar a atrair a comunidade ao fazer artístico. "É um festival feito por artistas, não é uma ação vazia, mas algo que vai ficar na memória das pessoas. Sejam aquelas que costumam ir ao teatro ou aquelas que nunca tiveram oportunidade ver uma peça de teatro e mesmo aquelas que se sentem estranhas em entrar no teatro", salienta.
Além dos espetáculos acontecerão as oficinas: Teatro do Oprimido de Augusto Boal, Técnicas Circenses e Percussão Brasileira para o Teatro de Rua, com artistas do RJ, SP e AM.
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O nome do festival é uma homenagem ao seringueiro, poeta e teatrólogo José Marques de Souza, mais conhecido como 'Matias', fundador do Teatro Barracão e um dos precursores do teatro com viés social no Acre, durante as décadas de 1970, 80 e 90.
"É um festival popular e ninguém mais que o Matias que veio do seringal em Tarauacá para Rio Branco e a partir da ingenuidade de sua arte ele passou a utilizar o teatro para denunciar e reivindicar melhores condições de vida para as comunidades menos favorecidas. A gente agrega o Matias como agradecimento por tudo que ele iniciou, assim como tantos outros como Maués Melo e Beto Rocha", explica.
Dificuldades
Alencar ressalta ainda os desafios para realizar um evento desse porte na Região Norte. "A maior dificuldade para realizar um evento como esse é conseguir financiamento. A gente mobiliza gente do Brasil inteiro, temos mais ou menos 70 pessoas que vem trazer seu fazer artístico, mas existe a questão do custo amazônico. É um lugar distante onde tudo é mais caro. O festival só acontece mesmo porque temos a dedicação dos grupos em se fazer presentes e toda dificuldade é superada pelo prazer de receber tanta gente legal e levar alegria e prazer para as pessoas", finaliza.
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VIVA!
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