terça-feira, 22 de maio de 2012

Debate sobre Políticas culturais em Paraguaçu Paulista


                A conversa deste dia começa com o Tiago (Rosa dos Ventos) explicando para as pessoas que ali estavam sobre o projeto que nos levou até lá e nossos objetivos em encontrar com outros grupos artísticos comparando os trabalhos discutindo melhorias inclusive para o financiamento da produção artística do interior do estado de São Paulo.
                A ida para Paraguaçu é resultado de uma parceria que envolve o Ponto de Cultura Prudente em Cena, ProAc 02 (circulação de espetáculos) e da Secretaria Municipal de Cultura local. Estavam pessoas do grupo Criarte de Teatro, Integrantes do grupo Viola Ensina, alunos da prof. Vanessa, a prof. Érica, integrantes do Centro de Artes e o Júlio que trabalha com artesanato em bambu.
                O primeiro a falar foi o Reginaldo explicando o que é o ProAc e a realidade do seu grupo e os benefícios a partir do fomento que receberão com o Ponto de Cultura deles em Paraguaçu. Gabriel deu continuidade, fazendo um histórico estético do Rosa dos Ventos através da formação de nossos espetáculos e o Tiago complementou o histórico falando de outros aspectos. Reginaldo (Criarte) também fez um histórico da vida cultural de sua cidade e do grupo que participa. Disse que se sente feliz de ter os companheiros que completam este grupo numa história de iniciação artística para crianças e adolescentes que são fruto das sucessivas oficinas culturais e cursos de arte ministradas na cidade. Oferecer arte significa mostrar algo as pessoas e isso implica numa parte chata e necessária que é o processo de criação com uma mínima qualidade que faça valer a pena. Que garanta a participação em outros lugares numa circulação viva deste espetáculo que não é um produto comercial.
                O Tiago falou sobre a importância da formação de público e da maneira como acontecia em Paraguaçu e a eficiência desse processo que lá ocorreu. Depois discutimos a importância das apresentações para os locais que as recebem. Na apresentação de nosso espetáculo no distrito de Conceição de Monte Alegre era visível o contentamento das pessoas. Porém, é muito difícil manter uma grade de espetáculos num distrito de qualquer cidade do interior do estado. O acesso a arte é difícil e é necessário esforço para levar arte acessível a população e o trabalho do Rosa dos Ventos não é erudito e nem esta ligado a academia e sim, mais próximo da cultura popular feito na rua o que aproxima muito pessoas que nunca viram Artes Cênicas em suas vidas.
                A Professora Vânia falou sobre a realidade do seu grupo dentro da escola pública e a maneira como a mesma desenvolve seu trabalho com crianças e adolescentes. Trabalho este que também é desenvolvido pela professora Érica em outra escola pública e que resulta em mais pessoas procurando pelos cursos de arte que aparecem pela cidade.
                Tiago fez uma fala que introduziu o que seria a conversa sobre o vídeo que seria mostrado e falou sobre a diferença do trabalho feito pelos grupos de teatro que fazem arte em grupo e da necessidade de financiamento do governo. Não há interesse do mercado em trabalhos como esse.
                Das discussões sobre o conteúdo do vídeo que consideramos densa elegeremos três tópicos para falarmos. O primeiro deles é sobre os programas de governo e a perenidade das ações junto as pessoas. Existe necessidade que isso vire uma lei e não apenas uma política de governo que acabe quando o prefeito for embora e vier outro. Em segundo lugar mas não menos importante é a situação da dedicação que se tem ao fazer artístico. Arte para surgir é necessário trabalho e suor. A maioria dos artistas no Brasil desenvolve seu trabalho artístico paralelamente a outro trabalho que não o teatro em si. Dificilmente desenvolvem apenas arte. A dificuldade do financiamento para isso é tamanha que faz com as pessoas tenham sobrecarga de trabalho e não desenvolvem de maneira satisfatória suas atividades. Em terceiro lugar é que estamos falando sobre teatro, mas estão nestas condições estão todas as outras artes. O problema é geral e a ação a ser pensada é política. Deste modo, acreditar que é importante a profissionalização e para isso deve ser considerado que se viva da arte para a ela se dedicar com qualquer outra função que faça parte da economia e das necessidade humanas.
               
             

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