quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Encontro em SantaFé do Sul - ProAC 02 (06/10/2011)


Estivemos em Santa Fé do Sul conversando com os integrantes do grupo de teatro Girassol e do Ponto de Cultura Balcão e Artes (Conservatório “Eneida Andrade Dias”).
Discutimos sobre:
- Processo de criação dos grupos Girassol e Rosa dos Ventos e a maneira como fazemos a produção deste trabalho e falamos sobre o contexto do Estado de São Paulo com suas políticas públicas voltadas para o interior e a necessidade de maiores aportes de verbas para nossa qualificação e manutenção.
- Ações da Federação Prudentina de Teatro, do Ponto de Cultura Balcão e Artes e do Conservatório “Eneida Andrade Dias”.
A impressão é a mesma que em outras cidades. A necessidade de arte como um direito do cidadão é latente e não importa o tamanho da cidade. A demanda que se cria com a formação de público é imensa e é necessário que as pessoas vejam as várias vertentes da arte. O investimento na cultura brasileira nasceu concentrado demais e apenas para atender os interesses do mercado.
Estamos realmente engatinhando na distribuição de arte pela cidade. Em Presidente Prudente percebemos que as pessoas da periferia vão as nossas apresentações e que se levarmos o bem cultural até eles o sucesso é garantido.
A conversa nossa girou em torno da necessidade da formação de uma consciência dos artistas em cobrar o poder público. O grupo Girassol entendeu essa necessidade de estar se capacitando para criar e gerenciar seus projetos.
Os mesmos desenvolvem trabalho voluntário dando aula de teatro e dança na cidade e necessitam de outros modos de financiamento para seus trabalhos. Neste local são quatro professores de dança e um de teatro e todos são ex-alunos que retomaram as atividades deste grupo que esteve um tempo parado. O apoio a este grupo vem apenas da prefeitura que paga o aluguel do imóvel onde ocorrem as atividades.
Os integrantes do Girassol desenvolvem outros trabalhos para poderem continuar com as ações do grupo. Explicamos que também fazemos alguns serviços outros que não são ligados à produção artística. Porém, aos poucos vai se deixando os trabalhos paralelos e reforçando os espetáculos que é realmente nossa opção primeira.
Sobre formação falamos que muitas vezes o próprio grupo serve como uma escola e as situações cotidianas do grupo acabam por preparar seus integrantes. Para o Rosa dos Ventos as críticas, o contato com outros grupos, assistir outros espetáculos, conversas sobre arte e produção ajudam o amadurecimento. São nessas situações que podemos comparar nossas ações e ver onde existem os erros e acertos.
Agradecemos a Jussara que ficou zanzando pra lá e cá no teatro enquanto falávamos.
Desejamos boa sorte ao Grupo Gisassol e ao seu projeto de montagem "O Vampiro Chupa Modes"

Nenhum comentário:

Postar um comentário